quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Minha última postagem de 2009

Uma gravura de Alphonse Mucha, pintor e printmaker tcheco/francês, o maior representante da Arte Nouveau com a qual ele faz uma homenagem às Artes : Dança, Música, Pintura e Poesia.
Isto é tudo que a humanidade precisa para se tornar mais sensível, solidária e fraterna. E SENSIBILIDADE, SOLIDARIEDADE e FRATERNIDADE é o que desejo para 2010.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Para Vincent
(Don McLean)






Starry, starry night.
Paint your palette blue and grey,
Look out on a summer's day,
With eyes that know the darkness in my soul.
Shadows on the hills,
Sketch the trees and the daffodils,
Catch the breeze and the winter chills,
In colors on the snowy linen land.

Now I understand what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they're not listening still.
Perhaps they never will..

Starry, starry night.
Flaming flowers that brightly blaze,
Swirling clouds in violet haze,
Reflect in Vincent's eyes of china blue.
Colors changing hue, morning field of amber grain,
Weathered faces lined in pain,
Are soothed beneath the artist's loving hand.

Now I understand...

For they could not love you,
But still your love was true.
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night,
You took your life, as lovers often do.
But I could have told you, Vincent,
This world was never meant for one
As beautiful as you.

Starry, starry night.
Portraits hung in empty halls,
Frameless head on nameless walls,
With eyes that watch the world and can't forget.
Like the strangers that you've met,
The ragged men in the ragged clothes,
The silver thorn of bloody rose,
Lie crushed and broken on the virgin snow.

Now I think I know what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they're not listening still.
Perhaps they never will..


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ainda sobre Poussin
(segundo o texto de Daniel Piza)



Daniel cita Claude Lévi-Strauss, que no seu livro Olhar Escutar Ler diz "que diante de uma tela de Poussin temos a impressão de estar diante de "um pequeno teatro"(...) um recurso muito distinto da estratégia dita pós-moderna, que quase sempre se basta na aparência da linguagem".
Continua dizendo que diante de Hymeneus Travestido, a impressão também não poderia ser diferente e que numa conversa com o curador do MASP, Teixeira Coelho, este lhe disse que havia cronometrado o tempo médio que cada pessoa se detinha diante de uma tela: oito segundos!!
"que assim não é possível compreender um Poussin, por exemplo, com sua combinação de rigor e vitalidade".
Daí eu pergunto: quem ou quantas pessoas neste País, que está se lixando pra cultura e a arte, tem preparo para, ao visitar uma exposição de arte, formular qualquer análise crítica de rigor e vitalidade ???? Isto é para teóricos, estudiosos e especiaistas. O povo olha, gosta ou não gosta e ponto. Este "refino" nossa geração infelizmente não vai ter oportunidade de ver acontecer. E duvido que uma próxima também. Repito: INFELIZMENTE.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

NICOLAS POUSSIN

Auto-retrato (1650)
Museu do Louvre

Continuando o tema da postagem anterior, sobre a coluna de Daniel Piza, resolvi pesquisar a respeito do pintor que é mencionado por ele. Trata-se do autor da tela pertencente ao acervo do MASP, adquirido na década de 1950 e que recentemente voltou a ser exposto após uma meticulosa restauração - Nicolas Poussin - pintor francês (1594 - Normandia/França-1665- Roma),


Hymeneus Travestido Assistindo uma Dança em Honra a Príapo.
(1632-34)


Desta forma, ao invés de simplesmente transcrever o pensamento do jornalista, passo adiante as informações "por detrás" do seu comentário: sobre a tela, sobre o autor e quem sabe ainda alguma coisa sobre os personagens mitológicos Hymeneus e Priapo.
Os comentários de Piza à respeito da "maneira pós-moderna" de VER OLHAR ENXERGAR talvez fiquem proteladas para uma próxima postagem.

Well... Nicolas Poussin foi um dos principais pintores clássicos do período Barroco e, apesar de ser francês foi em Roma que passou a maior parte de sua vida. Lá chegou, aos 18 anos de vida, com a intenção de se dedicar à pintura. No entanto, em Roma Poussin abandonou a pintura em grande escala, pela qual se interessava cada vez menos, talvez fruto de seu insucesso em Paris onde exerceu sem destaque esse tipo de trabalho. Começou a produzir para um pequeno e modesto mercado de patronos, que apesar de pouco abastados, possuiam o discernimento suficiente para motivar o pintor.

Dali em diante mudou bruscamente de estilo, passando a pintar cenas classicas e mitológicas, onde dava relevo aos "temas arcadianos" ou seja, ligados à bucólica e lendária região grega da Arcádia, usando frequentemente o fausto e a abundância nas suas obras como exemplificam as séries Bacanais que pintou para o Cardeal Richelieu, onde existe uma clara influência de Tiziano ( um dos principais representantes venezianos no Renascimento e considerado por seus contemporâneos como "o sol entre as estrelas") e Rafael Sanzio, representante florentino no Renascimento.

Quem estiver interessado em ver outras telas de Poussin, clique AQUI

Bem, agora estão faltando Hymeneus e Príapo
quem são eles??

Hymeneus era o deus grego do casamento, filho de Apolo e Afrodite. Também chamado de Hymenaeus ou Hymenaios. Supunham os gregos que ele deveria comparecer a todos casamentos. Caso não estivesse presente o casamento resultaria em fracasso.

Príapo , o deus grego da fertilidade, filho de Dionisio e Afrodite.



quarta-feira, 4 de novembro de 2009



Daniel Piza fala sobre Rodin e Nicolas Poussin

em Ver olhar e enxergar
(Caderno de Cultura/O ESTADO DE SÃO PAULO, do dia 01/11/2009)




Raramente tenho acesso à leitura do "ESTADÃO". Quando esta oportunidade acontece, "me atraco" no caderno CULTURA, onde sempre tem coisas interessantes para ler. Daniel Piza, tem um espaço neste caderno e ler o que este menino - sim, porque ele me parece um meninão - surpreende sempre. Profundo, sem ser maçante, mostra que pode ter aparência de menino, mas demonstra também que tem uma percepção de alguém com conteúdo, anos de observação e estudo. Alguém que fala com consistência.
Na sua coluna, sob o título de Ver olhar e enxergar ele "dá de relho", como se diz aqui no sul, querendo dizer neste caso em particular, que ele dá um show ao fazer sua análise particular sobre a "Era Virtual" vigente entre nós que nos torna incapazes de observar detalhadamente uma obra de arte.
Usou como exemplo, uma experiência que teve, sentado no Jardim do Museu Rodin, em Paris, de frente para uma das réplicas da estátua do O Pensador. Que as pessoas que se aproximavam da estátua, invariavelmente tentavam imitar a posição do pensador (que apoia o cotovelo direito sobre a coxa da perna esquerda).
Que das 20 pessoas que observara, apenas uma havia "se tocado" que imitava de maneira errada, ou seja: que havia colocado o cotovelo direito sobre a coxa direita. "Além disso, diz Daniel, fecharam a mão, quando na realidade os dedos estão esticados". As diferenças estão longe de ser um detalhe. A chave do estilo Rodin - aquilo que o separa do classicismo - é a tensão expressa sobretudo na angulosidade de suas formas e na irregularidade de sua superfície. Ele trabalhava sempre com situações no limite do equilíbrio e, por isso, a meu ver, a dinâmica dos volumes do corpo feminino foi (com trocadilho) seu maior campo de estudos".
Prossegue, dizendo "que uma das imagens mais surradas da história da arte - um "ícone", como se usa e abusa hoje, desvirtuando o significado original do termo - não seja devidamente apreendida por inúmeros observadores é um fato relevante para estes tempos que se dizem "Era Virtual".
(...)
"Também sua testa está franzida, seus músculos retesados e seus artelhos dobrados. Tirar sua tensão dramática é tirar o que tem de substancial. O objetivo da figura, enfim, não era caricaturizar o ato do pensamento; era traduzir sua dor e a individualidade dessa dor".
“O Pensador”. foi esculpido em bronze pelo francês Auguste Rodin. Originalmente a escultura foi chamada de “O Poeta”, pois fazia parte das esculturas baseadas na Divina Comédia de Dante Alighieri para seu trabalho A Porta do Inferno. A escultura retrata Dante diante dos Portões do Inferno, ponderando sobre seu poema.

Na próxima postagem continuarei falando ainda sobre a coluna de Daniel. Então, sobre o pintor francês Nicolas Poussin, cuja tela aparece em detalhe logo acima, chamada Hymeneus Travestido Assistindo uma dança em honra a Príapo, datada de 1632-34, do acervo do MASP, recentemente restaurada, como tema de continuidade do seu pensamento sobre a "Era Virtual".



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mostra Kandinsky no Guggenheim de Nova York


Um dos eventos que comemora os 50 anos de criação do museu, cujo prédio foi criado por Frank Lloyd Weight, considerado um gênio na arquitetura, é uma mostra da obra de Vasily Kandinsky, artista russo, teórico da estética e pioneiro da arte abstrata. Particularmente tenho uma predileção por sua obra colorida, cheia de cores (muito azul) onde podemos "nos perder" viajando no simples ato de observar suas telas.
A exposição começou em setembro/2009 e vai até janeiro de 2010. Assim, quer for a Big Apple
neste período, poderá incluir uma visita ao museu.

Abaixo, no site do museu, um filme onde a curadora da mostra - Tracey Bashkoff - fala sobre a exposição. Em English, of course!




quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Uma "instalação" criativa


Na maior parte das vezes torço meu nariz para este tipo de manifestação artística - as instalações - que no teatro se equivalem às "performances", porque não entendo isto como ARTE. Sou avessa às obras apresentadas nas BIENAIS e definitivamente não me dou ao trabalho de ir ver as loucuras nelas apresentadas. Mas às vezes sou surpreendida com criações como esta daí, clicada por CELIA em Londres. É uma INSTALAÇÃO mas realmente linda e por isto mesmo partilho com quem me dá o prazer da visita por aqui.

Obs.: postei a foto duas vezes para mostrar na segunda o belo efeito do reflexo colorido das sombrinhas nos vidros do prédio.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Escultura russa contemporânea
(em madeira)

Dimitriy Potapov

Esta postagem vai para o artista/escultor e poeta Ricardo Kersting

Body and Soul (2000)


Poet (2000)


Nike (2000)


Blessed (1995)








terça-feira, 13 de outubro de 2009

En retard...
(com atraso)



vai aí uma tela de Bernard Buffet que me é muito cara, por razões sentimentais. Só fui encontrá-la passeando no site oficial sobre Bernard, cujo link está na postagem anterior.
Trata-se da reprodução do Duome de Milão, feita por Buffet em 1991.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009


Bernard Buffet

Bernard Buffet que também teve um trabalho exposto no Arte na França -1860-1960, nasceu em Paris, em julho de 1928 e morreu em outubro de 1999. Foi pintor e gravurista dos mais talentosos.

Veja tudo sobre vida, obra e exposições de Buffet em:







Natureza morta -1950


Pote de Jacintos - 1952


Tête de femme - 1956
(Cabeça de mulher)


Oranges - 1958
(laranjas)


Rita - 1960
Canal de St. Martin - 1960


Ombrelles - 1965
(sombrinhas)


La petite plage - 1966
(A pequena praia)



Jacintos - 1990





Tempete en Bretagne -1999
(Tempestade na Bretanha)

(A última tela pintada por Buffet)



quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pierre Tal-Coat
(minha derradeira ( será???) postagem sobre a exposição ANO DA FRANÇA NO BRASIL)



Seu nome de batismo era Pierre Louis Jacob. Nasceu em dezembro de 1905 em Clohars-Carnoët, (Finistère - França) e faleceu em junho de 1985 na região da Normandia, também na França.
Em 1927 ele adota o pseudônimo "Pierre Tal-Coat" para evitar homonímia com o poeta Max Jacob. Seu pai - um pescador - morreu durante a 1ª Guerra Mundial, lutando no front da região da Floresta de Argonne, localizada ao norte da França. Assim, aos 13 anos, em 1918, Pierre foi obrigado a trabalhar empregando-se como aprendiz de ferreiro onde aprendeu a desenhar e a esculpir. Em 1923 foi trabalhar como funcionário de um cartório. Um ano depois trabalhou como desenhista numa fábrica de porcelana e neste mesmo ano vai à Paris.

Quem quiser saber mais detalhes da vida de Tal-Coat, clique AQUI - site oficial do artista. Mas tem um detalhe: só para quem domina a lingua francesa, bien sûr




Litografia OUTONO (1950)



Litografia - 1956



Natureza morta (1942-43)


Age de fer - 1952
(Idade de Ferro)


Paisagem - 1940




sexta-feira, 2 de outubro de 2009

... ainda sobre obras expostas no MARGS alusivas ao ano da França no Brasil

(desta vez, colocarei alguma coisa sobre Alfred Louis Courmes, cuja tela pintada em 1921- Retrato da irmã do artista - fazia parte da exposição).

Alfred Louis Courmes, nasceu na localidade francesa chamada Bormes-les-Mimosas, em 1898 e morreu em Paris em 1993. Recebeu seus primeiros anos de estudo em Mônaco depois foi residir em Lavandou, na Provence (região da França). Em 1922 fez sua primeira exibição na Société Lyonaise des Beaux-Arts.


1926 - Peggy Guggenheim





1925 - Couples à la bicyclette



La tentation de Saint Antoine




quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Jean-Gabriel Domergue

É outro dos pintores que tive oportunidade de conhecer na exposição alusiva ao ANO DA FRANÇA NO BRASIL.

Domergue nasceu em 4 de março de 1889 em Bordeaux, na França e faleceu em 1962 em Paris. Filho de um novelista e crítico de arte, desde cedo mostrou-se precoce com relação a sua habilidade artística. Aos 14 anos, a pedido de uma amiga de sua mãe, desenha seu retrato. Foi seu primeiro trabalho sob encomenda. Conviveu com Toulouse Lautrec e frequenta seu atelier e através dele conhece o Moulin Rouge e suas dançarinas. Seu atelier ficava próximo ao de Edgar Degas, que ao conhecer Jean-Gabriel não lhe deu uma recepção muito calorosa. Mas tornaram-se amigos e Degas passou a ensinar seus segredos de como pintar. Um episódio ficou na memória de Domergue por muito tempo: Querendo fazer Jean-Gabriel aprender a"olhar" e a "ver" fê-lo pintar e repintar uma porta mais de 20 vezes.
Começou sua obra pintando paisagens mas posteriormente dedicou-se a pintar nús e semi-nús apresentando a mulher como um ar tanto coquete, sofisticada e com transparências. Ombros a vista, pescoço longo e elegantíssima.
Durante a Belle Epoque muitos pintores fizeram da parisiense seu tema preferido e não foi diferente com Jean-Gaabriel Domergue. Ele pinta, cria moda e põe seu amor à mulher a serviço de seu talento.
Segundo ele mesmo afirmou, foi o "inventor" das famosas pin-ups. Dizia que sua primeira pin-up data de 1912 e com ele nasce um novo tipo de mulher e durante 40 anos ele será o inspirador e mágico de grandes festivais como o "Tout Paris". Será o grande retratista da aristocracia francesa e estrangeira e das mulheres desse mundo.




Josephine Baker (1928)


Les danseuses de French Can Can



French Can Can (1932)










sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Marie Laurencin,
mais uma tela
Guitarrista e duas figuras femininas
(acervo do Museu de Arte de São Paulo)