sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Para Vincent
(Don McLean)






Starry, starry night.
Paint your palette blue and grey,
Look out on a summer's day,
With eyes that know the darkness in my soul.
Shadows on the hills,
Sketch the trees and the daffodils,
Catch the breeze and the winter chills,
In colors on the snowy linen land.

Now I understand what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they're not listening still.
Perhaps they never will..

Starry, starry night.
Flaming flowers that brightly blaze,
Swirling clouds in violet haze,
Reflect in Vincent's eyes of china blue.
Colors changing hue, morning field of amber grain,
Weathered faces lined in pain,
Are soothed beneath the artist's loving hand.

Now I understand...

For they could not love you,
But still your love was true.
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night,
You took your life, as lovers often do.
But I could have told you, Vincent,
This world was never meant for one
As beautiful as you.

Starry, starry night.
Portraits hung in empty halls,
Frameless head on nameless walls,
With eyes that watch the world and can't forget.
Like the strangers that you've met,
The ragged men in the ragged clothes,
The silver thorn of bloody rose,
Lie crushed and broken on the virgin snow.

Now I think I know what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they're not listening still.
Perhaps they never will..


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ainda sobre Poussin
(segundo o texto de Daniel Piza)



Daniel cita Claude Lévi-Strauss, que no seu livro Olhar Escutar Ler diz "que diante de uma tela de Poussin temos a impressão de estar diante de "um pequeno teatro"(...) um recurso muito distinto da estratégia dita pós-moderna, que quase sempre se basta na aparência da linguagem".
Continua dizendo que diante de Hymeneus Travestido, a impressão também não poderia ser diferente e que numa conversa com o curador do MASP, Teixeira Coelho, este lhe disse que havia cronometrado o tempo médio que cada pessoa se detinha diante de uma tela: oito segundos!!
"que assim não é possível compreender um Poussin, por exemplo, com sua combinação de rigor e vitalidade".
Daí eu pergunto: quem ou quantas pessoas neste País, que está se lixando pra cultura e a arte, tem preparo para, ao visitar uma exposição de arte, formular qualquer análise crítica de rigor e vitalidade ???? Isto é para teóricos, estudiosos e especiaistas. O povo olha, gosta ou não gosta e ponto. Este "refino" nossa geração infelizmente não vai ter oportunidade de ver acontecer. E duvido que uma próxima também. Repito: INFELIZMENTE.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

NICOLAS POUSSIN

Auto-retrato (1650)
Museu do Louvre

Continuando o tema da postagem anterior, sobre a coluna de Daniel Piza, resolvi pesquisar a respeito do pintor que é mencionado por ele. Trata-se do autor da tela pertencente ao acervo do MASP, adquirido na década de 1950 e que recentemente voltou a ser exposto após uma meticulosa restauração - Nicolas Poussin - pintor francês (1594 - Normandia/França-1665- Roma),


Hymeneus Travestido Assistindo uma Dança em Honra a Príapo.
(1632-34)


Desta forma, ao invés de simplesmente transcrever o pensamento do jornalista, passo adiante as informações "por detrás" do seu comentário: sobre a tela, sobre o autor e quem sabe ainda alguma coisa sobre os personagens mitológicos Hymeneus e Priapo.
Os comentários de Piza à respeito da "maneira pós-moderna" de VER OLHAR ENXERGAR talvez fiquem proteladas para uma próxima postagem.

Well... Nicolas Poussin foi um dos principais pintores clássicos do período Barroco e, apesar de ser francês foi em Roma que passou a maior parte de sua vida. Lá chegou, aos 18 anos de vida, com a intenção de se dedicar à pintura. No entanto, em Roma Poussin abandonou a pintura em grande escala, pela qual se interessava cada vez menos, talvez fruto de seu insucesso em Paris onde exerceu sem destaque esse tipo de trabalho. Começou a produzir para um pequeno e modesto mercado de patronos, que apesar de pouco abastados, possuiam o discernimento suficiente para motivar o pintor.

Dali em diante mudou bruscamente de estilo, passando a pintar cenas classicas e mitológicas, onde dava relevo aos "temas arcadianos" ou seja, ligados à bucólica e lendária região grega da Arcádia, usando frequentemente o fausto e a abundância nas suas obras como exemplificam as séries Bacanais que pintou para o Cardeal Richelieu, onde existe uma clara influência de Tiziano ( um dos principais representantes venezianos no Renascimento e considerado por seus contemporâneos como "o sol entre as estrelas") e Rafael Sanzio, representante florentino no Renascimento.

Quem estiver interessado em ver outras telas de Poussin, clique AQUI

Bem, agora estão faltando Hymeneus e Príapo
quem são eles??

Hymeneus era o deus grego do casamento, filho de Apolo e Afrodite. Também chamado de Hymenaeus ou Hymenaios. Supunham os gregos que ele deveria comparecer a todos casamentos. Caso não estivesse presente o casamento resultaria em fracasso.

Príapo , o deus grego da fertilidade, filho de Dionisio e Afrodite.



quarta-feira, 4 de novembro de 2009



Daniel Piza fala sobre Rodin e Nicolas Poussin

em Ver olhar e enxergar
(Caderno de Cultura/O ESTADO DE SÃO PAULO, do dia 01/11/2009)




Raramente tenho acesso à leitura do "ESTADÃO". Quando esta oportunidade acontece, "me atraco" no caderno CULTURA, onde sempre tem coisas interessantes para ler. Daniel Piza, tem um espaço neste caderno e ler o que este menino - sim, porque ele me parece um meninão - surpreende sempre. Profundo, sem ser maçante, mostra que pode ter aparência de menino, mas demonstra também que tem uma percepção de alguém com conteúdo, anos de observação e estudo. Alguém que fala com consistência.
Na sua coluna, sob o título de Ver olhar e enxergar ele "dá de relho", como se diz aqui no sul, querendo dizer neste caso em particular, que ele dá um show ao fazer sua análise particular sobre a "Era Virtual" vigente entre nós que nos torna incapazes de observar detalhadamente uma obra de arte.
Usou como exemplo, uma experiência que teve, sentado no Jardim do Museu Rodin, em Paris, de frente para uma das réplicas da estátua do O Pensador. Que as pessoas que se aproximavam da estátua, invariavelmente tentavam imitar a posição do pensador (que apoia o cotovelo direito sobre a coxa da perna esquerda).
Que das 20 pessoas que observara, apenas uma havia "se tocado" que imitava de maneira errada, ou seja: que havia colocado o cotovelo direito sobre a coxa direita. "Além disso, diz Daniel, fecharam a mão, quando na realidade os dedos estão esticados". As diferenças estão longe de ser um detalhe. A chave do estilo Rodin - aquilo que o separa do classicismo - é a tensão expressa sobretudo na angulosidade de suas formas e na irregularidade de sua superfície. Ele trabalhava sempre com situações no limite do equilíbrio e, por isso, a meu ver, a dinâmica dos volumes do corpo feminino foi (com trocadilho) seu maior campo de estudos".
Prossegue, dizendo "que uma das imagens mais surradas da história da arte - um "ícone", como se usa e abusa hoje, desvirtuando o significado original do termo - não seja devidamente apreendida por inúmeros observadores é um fato relevante para estes tempos que se dizem "Era Virtual".
(...)
"Também sua testa está franzida, seus músculos retesados e seus artelhos dobrados. Tirar sua tensão dramática é tirar o que tem de substancial. O objetivo da figura, enfim, não era caricaturizar o ato do pensamento; era traduzir sua dor e a individualidade dessa dor".
“O Pensador”. foi esculpido em bronze pelo francês Auguste Rodin. Originalmente a escultura foi chamada de “O Poeta”, pois fazia parte das esculturas baseadas na Divina Comédia de Dante Alighieri para seu trabalho A Porta do Inferno. A escultura retrata Dante diante dos Portões do Inferno, ponderando sobre seu poema.

Na próxima postagem continuarei falando ainda sobre a coluna de Daniel. Então, sobre o pintor francês Nicolas Poussin, cuja tela aparece em detalhe logo acima, chamada Hymeneus Travestido Assistindo uma dança em honra a Príapo, datada de 1632-34, do acervo do MASP, recentemente restaurada, como tema de continuidade do seu pensamento sobre a "Era Virtual".



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mostra Kandinsky no Guggenheim de Nova York


Um dos eventos que comemora os 50 anos de criação do museu, cujo prédio foi criado por Frank Lloyd Weight, considerado um gênio na arquitetura, é uma mostra da obra de Vasily Kandinsky, artista russo, teórico da estética e pioneiro da arte abstrata. Particularmente tenho uma predileção por sua obra colorida, cheia de cores (muito azul) onde podemos "nos perder" viajando no simples ato de observar suas telas.
A exposição começou em setembro/2009 e vai até janeiro de 2010. Assim, quer for a Big Apple
neste período, poderá incluir uma visita ao museu.

Abaixo, no site do museu, um filme onde a curadora da mostra - Tracey Bashkoff - fala sobre a exposição. Em English, of course!